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Quais são os sintomas do câncer de orofaringe?

Quais são os sintomas do câncer de orofaringe?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
27/03/2024

O câncer de orofaringe se instala lentamente e muitas vezes se mantém indolor por anos

 A orofaringe é a região mais posterior da cavidade oral, e inclui a base da língua, o palato mole, as amígdalas e a parede posterior da faringe. Assim, qualquer neoplasia que acomete essa região é chamada de câncer de orofaringe, uma condição com alto potencial de metástase e complicação local devido à rica vascularização e inervação que passa por ali.

Portanto, conhecer os fatores de risco e os sintomas do câncer de orofaringe são medidas essenciais para que o diagnóstico seja confirmado o mais breve possível e o tratamento tenha sucesso.

Quero saber mais sobre o câncer de orofaringe!

Principais sintomas do câncer de orofaringe

Os sintomas do câncer de orofaringe costumam surgir quando a lesão já é bastante extensa, portanto, é fundamental ficar atento a quaisquer sinais que acometem essa região da boca. São eles:

Dor na garganta

A dor na garganta é um sintoma bastante inespecífico e que pode estar presente em diversas condições, desde um resfriado até o câncer de orofaringe. Portanto, quando a dor não melhora com medicamentos comuns e persiste por mais do que duas semanas é importante investigar a causa.

Engasgos frequentes

A presença de uma massa tumoral na orofaringe pode causar engasgos frequentes e com qualquer tipo de alimento ou líquido, sendo esse um dos sintomas do câncer de orofaringe. Nesses casos, não é incomum que o próprio paciente relate a presença de um nódulo ou massa na região do pescoço.

Lesões esbranquiçadas ou avermelhadas

Lesões esbranquiçadas (leucoplásicas) ou avermelhadas (eritroplásicas) principalmente em pacientes com fatores de risco para o câncer de cavidade oral (boca e orofaringe) devem sempre ser valorizadas, pois são sinais que ajudam na detecção precoce de doenças malignas.

Dificuldades em mastigar, engolir e respirar

Dificuldades funcionais, como mastigação, deglutição e respiração comprometidas, podem ser sintomas do câncer de orofaringe, assim como o engasgo já citado. Portanto, pacientes com essas queixas devem ser avaliados por um cirurgião de cabeça e pescoço, que fará um exame físico direcionado e especializado para buscar sinais de neoplasia.

Dormência na língua

Dado que a base da língua se localiza na orofaringe, a presença de um tumor nesse local pode causar a compressão de nervos e vasos dessa topografia e, consequentemente, alterações sensitivas.

Nódulos ou linfonodos cervicais

Uma causa frequente de linfonodos ou ínguas cervicais é o tumor de orofaringe, devido à dificuldade de avaliação da possibilidade de nos encontrarmos com metástases cervicais não raras. Todo nódulo cervical de crescimento progressivo deve chamar atenção tanto do paciente quanto do cirurgião de cabeça e pescoço.

Outros sintomas do câncer de orofaringe

Outros sinais e sintomas que podem estar relacionados a essa doença são:

  • Dor de ouvido;
  • Rigidez mandibular e dificuldade de abrir a boca;
  • Tosse com rajas de sangue;
  • Alteração na voz ou rouquidão;
  • Sangramentos;
  • Dificuldade de respirar.

Está com algum desses sintomas? Entre em contato agora mesmo!

CONTATO

Vale ressaltar que o câncer de orofaringe é uma condição que se instala insidiosamente, e como a lesão tumoral geralmente se desenvolve em local de difícil visualização, ela só costuma ser notada quando já tem grandes dimensões e muitos sintomas associados.

Portanto, os pacientes com fatores de risco devem fazer acompanhamento médico especializado periodicamente para rastrear e identificar a doença antes mesmo que os sintomas do câncer de orofaringe surjam.

Fatores de risco para o câncer de orofaringe

Os principais fatores de risco para desenvolver esse tipo de câncer são, disparadamente, o tabagismo e a ingesta excessiva de álcool, sendo que quando esses fatores estão associados, os riscos aumentam exponencialmente. Para se ter uma ideia, é preciso que um ex-tabagista fique pelo menos 16 anos sem fumar para ter um risco semelhante ao de um paciente que nunca fumou.

Porém, além desses, o câncer de orofaringe tem diversos outros inúmeros fatores de risco associados, sendo estes os principais:

  • Má higiene oral;
  • Infecção pelo HPV (fator de risco que tem se tornado cada vez mais importante);
  • Alimentos ultraprocessados;
  • Próteses mal colocadas e que geram lesão em cavidade oral;
  • Gengivite crônica;
  • Imunodeficiências.

Por fim, vale destacar que essa é uma condição duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres e que, embora possa acometer em indivíduos de todas as idades, a média etária de incidência é aos 60 anos.

Existe tratamento para o câncer de orofaringe?

Sim. O tratamento para o câncer de orofaringe é a cirurgia, independentemente do tamanho da lesão. Porém, alguns tumores crescem excessivamente envolvendo outras estruturas, como a mandíbula e a rinofaringe. Nesses casos, pode haver indicação de um tratamento prévio com quimioterapia ou radioterapia, que deve ser avaliado conforme o estágio da doença, o tipo de neoplasia e o perfil clínico do paciente.

A cirurgia robótica traz importantes mudanças na abordagem de tumores menores dessa região, diminuindo a agressividade do procedimento cirúrgico.

Em situações mais graves e avançadas, em que a remoção cirúrgica do tumor é contraindicada, deve-se tratar principal e multidisciplinarmente com o médico de cuidados paliativos os sintomas do câncer de orofaringe e suas complicações, que impactam diretamente a qualidade de vida do paciente.

Qual profissional procurar nestes casos

Qualquer pessoa que apresente sinais suspeitos ou sintomas do câncer de orofaringe tem recomendação de procurar um cirurgião de cabeça e pescoço, o médico especializado em avaliar os sinais clínicos e investigar os diagnósticos que acometem essa região. Além disso, esse profissional tem a expertise necessária para oferecer os tratamentos disponíveis e indicar as melhores abordagens terapêuticas.

Entre em contato agora mesmo com o Dr. Pablo Quintana.

 

Fontes:

Otorrino USP

Ministério da Saúde

INCA

Oncoguia