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Fatores de risco para o câncer de boca

Fatores de risco para o câncer de boca
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
09/12/2022

Tabagismo e alcoolismo são as principais causas de câncer de boca, associados a cerca de 80% dos casos.

O câncer de boca é um tipo de lesão que acomete as estruturas da cavidade oral, como lábios, língua, céu da boca, gengiva, bochechas, palato, entre outras partes da boca. São diversos os fatores de risco para o câncer de boca, sendo o tabagismo o principal.

Esse tipo de tumor é mais frequente em homens acima dos 40 anos e, na maioria dos casos, só é diagnosticado nos estágios mais avançados da doença, já que, inicialmente, ela apresenta sintomas pouco perceptíveis. O fato de os pacientes apresentarem nódulos cervicais, chamados de linfonodos, é um indicativo de estágios maiores da doença, mas estes também são de difícil detecção, o que pode atrasar ainda mais o diagnóstico.

Quais podem ser as causas do câncer de boca?

São diversas as causas e fatores de risco para o câncer de boca. Conheça os principais:

Tabagismo

O consumo de cigarro e de produtos derivados, como a nicotina, são a principal causa do câncer de boca. O tabaco possui centenas de componentes tóxicos e cancerígenos e, ainda, pode causar diversos outros tipos de câncer na boca e doenças. Apesar de reduzido, se comparado aos fumantes, o risco também é alto em pessoas passivas ao tabagismo, ou seja, que estão expostas à fumaça do cigarro.

O hábito de fumar aumenta de 6 a 16 vezes o risco de uma pessoa desenvolver tumores na região e, portanto, é considerado o principal dos fatores de risco para o câncer de boca. O risco aumenta conforme o número de cigarros consumidos, sendo que mascar tabaco também está incluído nesse fator de risco para o câncer de boca.

Uma conta comumente usada é quantificar os cigarros consumidos por ano, ou seja, a carga tabágica do indivíduo. Isso é calculado multiplicando o número de maços de cigarros fumados por dia pelo número de anos que a pessoa fuma. Por exemplo, uma pessoa que fuma 1 maço por dia por um período de 2 anos possui carga tabágica de 2 anos-maço. Já uma pessoa que fuma 2 maços por dia por um período de 5 anos possui carga tabágica de 10 anos-maço.

Esta conta é importante para identificar o grau de exposição do fumante ao tabaco e prever as doenças às quais ele está sujeito de acordo com sua carga tabágica.

Alcoolismo

O consumo de bebidas alcoólicas também é um importante fator de risco para o câncer de boca, especialmente àqueles que abusam da quantidade de doses consumidas por semana. O risco de desenvolver câncer de boca é seis vezes maior para quem ingere bebidas alcoólicas semanalmente.

Além disso, o álcool intensifica os efeitos do tabaco. A combinação entre cigarro e bebida alcoólica potencializa a agressão à mucosa bucal e aumenta o risco de câncer na boca em 30 vezes.

Má higiene bucal

A falta de higienização da boca e dos dentes leva ao acúmulo de alimentos nessa região, que, além de irritar a mucosa, forma ambientes propícios para a proliferação de microrganismos prejudiciais à saúde humana.

Essas condições potencializam as chances de desenvolvimento de ferimentos ou processos inflamatórios locais potencialmente precursores do câncer de boca. Dessa forma, é um dos fatores de risco para o câncer de boca que merece muita atenção.

Má alimentação

Dietas pobres em vegetais, como frutas, verduras e legumes, também são caracterizadas como fator de risco para o desenvolvimento do câncer de boca.

Os vegetais, especialmente os com folhas verdes e os crucíferos (brócolis, couve-flor, rúcula, nabo etc.), possuem ação oxidante e de reparação do DNA e, junto com a vitamina C presente em diversas frutas, têm um efeito protetor contra esse tipo de câncer.

Por outro lado, a ingestão excessiva de alimentos muito gordurosos e condimentados, como os ultraprocessados, aumenta o risco de câncer de boca. A má alimentação pode levar ao sobrepeso e obesidade, que aumentam as chances de desenvolver pelo menos doze tipos de tumores, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Exposição ao sol

Os tumores de lábio, localizados na parte externa da cavidade bucal, também possuem um fator de risco próprio, que é a exposição aos raios ultravioleta, predispondo a formação de lesões potencialmente cancerizáveis.

O uso de protetores labiais e o menor tempo de exposição solar diminuem as chances de desenvolvimento do câncer de lábio.

Vírus do papiloma humano (HPV)

A infecção sexualmente transmissível pelo vírus do papiloma humano (HPV) está associada a alguns tipos de câncer. Os casos de câncer na cavidade oral relacionados ao HPV, principalmente os de língua, têm aumentado muito nas últimas décadas, de modo especial entre as pessoas mais jovens, com vida sexual ativa e que não fazem uso de preservativos durante o sexo oral. São lesões com características papilomatosas, pequenas, associadas a nódulos cervicais — linfonodos são características desta doença.

Uso inadequado de próteses

A mucosa bucal é bastante sensível; portanto, pode facilmente sofrer irritações e ferimentos. As próteses ou aparelhos mal encaixados ou adaptados, não higienizados corretamente ou sem uma manutenção adequada agridem a mucosa bucal e podem levar a lesões crônicas nas estruturas bucais. As inflamações prolongadas causadas por objetos nessas condições podem desencadear mutações nas células da região e, consequentemente, o câncer de boca.

Idade

Apesar de não ser exatamente uma causa desse tipo de câncer, os tumores na boca são mais frequentes em pessoas mais velhas, e por isso a idade torna-se um dos fatores de risco para o câncer na boca, uma vez que o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, principalmente acima dos 40 anos.

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Quais os sinais e sintomas do câncer de boca?

Os principais sinais e sintomas do câncer de boca que precisam ser observados são os seguintes:

  • Feridas ou lesões que não cicatrizam;
  • Sangramentos nas regiões da cavidade bucal;
  • Manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, bochechas ou céu da boca;
  • Nódulos, caroços ou edemas no pescoço;
  • Falta de sensibilidade na língua e gengivas;
  • Dificuldade para falar;
  • Dificuldade para mastigar e engolir alimentos;
  • Dor ou dificuldade para movimentar a língua;
  • Perda dentária sem motivo ou sem trauma;
  • Dificuldade para abrir a boca.

Na presença desses sintomas, é recomendado que o paciente procure um cirurgião de cabeça e pescoço imediatamente.

Tratamentos para o câncer de boca

Na maioria dos casos, o tratamento para câncer de boca é por meio de intervenção cirúrgica. O cirurgião de cabeça e pescoço faz a avaliação do tipo e estágio do tumor e, com o auxílio de exames complementares, determina qual o procedimento mais indicado.

Avaliação multidisciplinar realizada no consultório com a equipe da cirurgia plástica reconstrutiva e fonoaudiólogos, bem como cuidados paliativos, traz diferença nos resultados oncológicos para os pacientes.

Caso a cirurgia não seja possível ou indicada, os tratamentos como radioterapia, quimioterapia e imunoterapia são recomendados.

Qual profissional procurar?

O câncer de boca pode ser diagnosticado pelo clínico geral, oncologista ou, como acontece em grande parte dos casos, pelo dentista. Contudo, o profissional especialista que deve ser procurado para o diagnóstico mais completo e para a indicação e realização do tratamento do câncer de boca é o médico cirurgião de cabeça e pescoço.

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Fontes:

Instituto Nacional de Câncer (INCA)

Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG)

Dr. Pablo Quintana