Procedimento que permite tratar os nódulos benignos da tireoide, a ablação por radiofrequência é uma técnica segura, eficaz e pouco invasiva
A ablação por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo indicado para tratar diversos quadros clínicos que demandam a destruição de células específicas, como massas ou tumores malignos e benignos de diversos órgãos, e até mesmo para o tratamento de arritmias cardíacas.
Essa técnica consiste na inserção de uma agulha fina que é guiada por ultrassom até o tecido que se deseja destruir. Ao chegar ao alvo do tratamento, essa agulha emite uma corrente elétrica de alta frequência que gera calor e destrói as células do local.
Ablação por radiofrequência no tratamento de tireoide
Muitos pacientes com nódulos de tireoide têm indicação para fazer esse procedimento. A ablação por radiofrequência da tireoide é uma opção terapêutica já bem estabelecida no tratamento dos nódulos benignos que causam distúrbios estéticos, disfunções hormonais ou sintomas compressivos — como dor cervical, tosse, rouquidão, falta de ar e dificuldade na deglutição. — Porém, desde 2020 a ablação por radiofrequência de tireoide é indicada para alguns nódulos malignos de até 1 cm de diâmetro e não metastáticos.
Benefícios da ablação por radiofrequência
Para o paciente, a ablação por radiofrequência de tireoide é muito benéfica por não precisar de anestesia geral, internação ou cortes. Assim, alguns dos principais benefícios desse tratamento incluem:
- Procedimento pouco invasivo;
- Ausência de cicatrizes;
- Menos dor e desconforto pós-operatórios;
- Boa preservação do tecido saudável;
- Redução do tamanho nodular entre 51 e 85% no seguimento;
- Redução dos sintomas compressivos ou defeitos estéticos;
- Tratamento efetivo para nódulos hiperfuncionantes — síndrome de Plummer-
No entanto, como em qualquer procedimento médico, existem riscos e possíveis complicações associadas, incluindo dor, sangramento, infecção e danos aos nervos ou outras estruturas próximas à tireoide. O paciente submetido à ablação por radiofrequência de tireoide também pode precisar de mais de uma sessão para tratar completamente o nódulo.
Cuidados pós-operatórios
Após o procedimento, os pacientes que fizeram a ablação por radiofrequência de tireoide podem apresentar alguns sintomas temporários — como dor no pescoço, inchaço ou rouquidão. — A tendência é que eles desapareçam em alguns dias, principalmente quando as orientações médicas são seguidas.
Assim, é importante seguir algumas recomendações para garantir uma recuperação adequada e prevenir possíveis complicações, tais como:
- Repouso: o repouso é importante após o procedimento, portanto evite esforço físico intenso por alguns dias;
- Uso de medicamentos: o médico prescreverá medicamentos para aliviar a dor e reduzir o inchaço. Utilize-os corretamente e pelo período determinado;
- Alimentação: a alimentação pode ser normalmente retomada após o procedimento. No entanto, o médico pode recomendar que sejam evitados alimentos sólidos e quentes nas primeiras 24 horas;
- Hidratação: beber bastante água e líquidos é essencial para ajudar o corpo a se recuperar após a ablação por radiofrequência de tireoide;
- Cuidados com o local de inserção: o local de inserção da agulha no pescoço deve ser mantido limpo e seco para evitar focos infecciosos. O curativo deve ser trocado regularmente, conforme orientação médica. Geralmente, compressas geladas são recomendadas nas primeiras 12-24 horas;
- Acompanhamento médico: é importante realizar exames de imagem periodicamente para avaliar a eficácia do tratamento e verificar a evolução do nódulo;
- Manter o médico informado sobre as complicações: qualquer sintoma incomum, como dor persistente, inchaço excessivo ou problemas respiratórios, deve ser comunicado ao médico imediatamente.
Seguir todas as recomendações médicas após a ablação por radiofrequência da tireoide é fundamental para garantir a recuperação adequada após o procedimento e evitar possíveis complicações.
É importante esclarecer que a ablação por radiofrequência de tireoide deve ser realizada sob indicação médica, preferencialmente de um cirurgião de cabeça e pescoço, não sendo apropriada para todos os casos. Por isso, cada paciente deve ter seu quadro clínico discutido com um cirurgião para determinar se essa é, de fato, a melhor opção de tratamento.
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Fontes: