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Biópsia de linfonodo

Biópsia de linfonodo
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Procedimento cirúrgico que permite identificar alterações nos gânglios linfáticos, sendo esta uma das principais formas de diagnóstico de um linfoma.

A biópsia de linfonodo é uma cirurgia que permite a avaliação de alterações celulares nos gânglios linfáticos, conhecidos popularmente como “ínguas”. Essas estruturas fazem parte do sistema imunológico do corpo humano e têm a função principal de ajudar o organismo a reconhecer e combater a presença de corpos estranhos — tais como vírus, bactérias e demais microrganismos que causam infecção.

Ao longo de um exame de rotina, pode ser que o médico ou cirurgião de cabeça e pescoço identifique linfonodos inchados ou aumentados, uma alteração que pode estar associada tanto a pequenas infecções como a problemas de saúde mais sérios, como um câncer. A biópsia de linfonodo é necessária justamente para investigar os casos de crescimento inesperado dos gânglios, ajudando na diferenciação entre processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos.

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O que são linfonodos?

Os linfonodos são pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nocivas ao organismo. Também chamados de gânglios linfáticos, eles atuam ativando o sistema imunológico e produzindo células que ajudam a combater processos infecciosos. Quando isso acontece, os linfonodos aumentam de volume e ficam palpáveis — ou seja, podem ser percebidos ao toque.

Existem centenas de gânglios linfáticos em todo o corpo humano, sendo que alguns se encontram em locais mais profundos do organismo (como entre os pulmões ou ao redor do intestino), enquanto outros são mais superficiais e facilmente palpáveis. Os linfonodos cervicais, localizados no pescoço, estão diretamente ligados a várias alterações patológicas, incluindo tumores, infecções e inflamações.

O que causa aumento dos linfonodos?

A maior parte dos casos de linfonodos aumentados estão associados a alterações benignas autolimitadas como infecções virais ou bacterianas; porém, podem estar hipertrofiados devido a tumores malignos ou metastáticos. Sempre que é identificado um inchaço ou aumento do tamanho dos linfonodos, é um sinal de que algo está errado no organismo. Em geral, este sintoma está acompanhado de outras manifestações que ajudam no diagnóstico do problema — como febre, dor, hiperemia e inchaço, por exemplo.

A causa mais comum de inchaço nos gânglios é uma infecção viral, como o resfriado comum. Além disso, podem levar ao aumento dos linfonodos alterações como:

  • Faringites;
  • Amigdalites;
  • Gripes, resfriados comuns, COVID-19;
  • Mononucleose, citomegalovírus, herpes vírus, hepatites;
  • Toxoplasmose;
  • Tuberculose;
  • Vírus da imunodeficiência humana (HIV);
  • Metástases de tumores primários ou tumores malignos dos linfonodos (linfoma).

Por mais que o aumento dos gânglios seja uma alteração comum em diversas doenças, é importante que seja realizada uma biópsia de linfonodo para termos confirmação diagnóstica que diferencie os processos benignos dos malignos. O linfoma, por exemplo, é um câncer que se inicia no sistema linfático e leva ao inchaço dos linfonodos.

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Tipos de biópsia de linfonodo

A biópsia de linfonodo pode ser realizada através de diferentes técnicas, sendo classificada de acordo com a metodologia aplicada. As principais são:

Biópsia de linfonodo por agulha fina (PAAF)

Nesta técnica, o médico utiliza uma agulha fina e uma seringa para aspirar uma pequena quantidade de tecido a partir do linfonodo ou da massa tumoral suspeita. Este é o principal método diagnóstico citológico em doenças linfonodais.

Biópsia de linfonodo por agulha grossa (core biópsia / core biopsy)

Técnica muito similar com a PAAF, mas o seu diferencial é a agulha que será utilizada na biópsia de linfonodo, que é mais grossa (chamada de calibrosa), permitindo ao médico intervencionista a coleta de maior quantidade de material para ser examinado histologicamente e não citologicamente (agulha fina).

Biópsia de linfonodo do pescoço excisional ou incisional

A biópsia de linfonodo é muito comum quando há suspeita de linfoma, de tumores metastáticos ou, ainda, quando é necessária uma maior quantidade material para futuros estudos histológicos, pois oferece uma representatividade adequada para culturas e análise patológica.

Para a realização desta biópsia, o cirurgião de cabeça e pescoço faz uma pequena incisão na pele do paciente já anestesiado, onde se procederá a retirada de uma parte ou de vários linfonodos para estudo. Diferenciando: as biópsias incisionais são para pequenos fragmentos; nas excisionais, se retira o linfonodo acometido na sua totalidade.

Caso o gânglio a ser biopsiado esteja localizado na superfície da pele, esta biópsia de linfonodo é considerada um procedimento simples e pode ser realizada sob anestesia local. Porém, se o linfonodo estiver mais profundo ou aderido a estruturas nervosas ou vasculares, deverá ser realizada sob anestesia geral ou sedação, para que sejam evitados desconfortos ao paciente.

Qual a diferença entre biópsia e punção (PAAF) de linfonodo?

Tanto a punção por agulha fina como a biópsia de linfonodo são exames que avaliam a presença de doença nos gânglios linfáticos a partir da coleta de uma amostra. Identificada pela sigla PAAF, a punção utiliza uma agulha fina para retirar uma amostra que será posteriormente colocada em lâminas e analisada em ambiente laboratorial por um médico patologista que emitirá um laudo sobre as alterações encontradas — este estudo das células é chamado de citologia, no caso da punção (PAAF).

No procedimento de biópsia de linfonodo, o médico retira um ou mais fragmentos do gânglio ou das cadeias linfonodais suspeitas. Estes fragmentos normalmente são acondicionados em formol e enviados ao médico patologista, para análise histológica, ou encaminhados para culturas, para pesquisa de fungos e/ou bactérias que podem ter infecionado o linfonodo.

Preparando-se para o procedimento

Em geral, a biópsia de linfonodo não é um procedimento que traz complicações, desde que seja realizada por um profissional devidamente capacitado.

O cirurgião de cabeça e pescoço lhe informará sobre o tipo de linfonodo e o procedimento mais apropriado para a realização da biópsia de linfonodo, bem como onde será realizada a cirurgia, como será realizado o procedimento cirúrgico e que cuidados pré e pós-operatórios serão necessários para que todo o processo seja bem-sucedido.

Para garantir que a coleta seja feita de maneira segura ao paciente, é importante que ele converse detalhadamente com o especialista e relate todos os medicamentos que está usando, inclusive os suplementos vitamínicos.

Algumas medicações podem precisar de suspensão por alguns dias, pois podem alterar o tempo de coagulação de sangramentos durante e após a biópsia de linfonodo. É o caso, por exemplo, dos próprios anticoagulantes e de alguns anti-inflamatórios.

Para saber mais sobre a biópsia de linfonodo e entender como ela é feita, bem como suas indicações, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Pablo Quintana, cirurgião de cabeça e pescoço.

Fontes:

Instituto Oncoguia;

Portal PebMed;

Dr. Pablo Quintana.